terça-feira, 7 de março de 2017

O Senador Edison Lobão (PMDB) do Maranhão



  • Edison Lobão (Mirador, 5 de dezembro de 1936) é um jornalista e político brasileiro, filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
Foi governador do Maranhão, de 1991 a 1994. Foi ministro de Minas e Energia do Brasil, de 21 de janeiro de 2008 até 31 de março de 2010, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e durante todo o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Atualmente é senador e presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) no Senado.

Biografia:
  • Advogado com bacharelado em Direito pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB), Edison Lobão preferiu trabalhar como jornalista e assim foi empregado dos jornais Correio Braziliense e Última Hora, e da revista Maquis, além de ter chefiado o departamento jornalístico da Rede Globo no Distrito Federal.
Antes de optar pela política, integrou o conselho de administração da antiga Telebrasília (Telecomunicações de Brasília S/A). É casado com a deputada federal Nice Lobão, com quem tem três filhos. Sua irmã, Nerine Lobão Coelho, é cenógrafa e professora da cadeira de Artes Cênicas da curso de Educação Artística da Universidade Federal do Maranhão. Ela foi também diretora do Teatro Arthur Azevedo e atualmente reside em São Luís.
  • Assessor do Ministério de Viação e Obras Públicas (1962), do governo do Distrito Federal (1964/1968) e do Ministério do Interior (1969/1974), foi eleito deputado federal pela ARENA e a seguir pelo PDS em 1978 e 1982. Ausentou-se da votação da Emenda Dante de Oliveira em 1984 que propunha Eleições Diretas para Presidência da República, faltaram vinte e dois votos para a emenda ser aprovada. Ingressou no PFL em atenção à liderança política de José Sarney, que manteve o controle da seção maranhense da legenda, embora filiado ao PMDB desde a sua candidatura a vice-presidente de Tancredo Neves.
Política:
  • Eleito em 1986 para o seu primeiro mandato de senador, foi nas eleições de 1990 que enfrentou seu maior desafio político, perdendo o primeiro turno da eleição para o governo do Maranhão para o senador João Castelo, candidato do PRN, e ostensivamente apoiado pelo então presidente da República Fernando Collor, que esperava assim retirar o "sarneísmo" do poder após um quarto de século. Derrotado por uma margem superior a 135 mil sufrágios, Lobão contou com o apoio integral de Sarney (que fora eleito senador pelo Amapá) e venceu o segundo turno com mais de 100 mil votos a frente do concorrente. 
Renunciou ao mandato em 1994 com o intuito de se candidatar ao Senado, e se elegeu pela segunda vez, êxito esse repetido em 2002 quando a primeira suplência de sua chapa ficou nas mãos de seu filho, o empresário Edison Lobão Filho, também conhecido como Edinho.
  • Extinto o PFL no início de 2007, passou ser integrante do partido Democratas mas logo atendeu às conveniências políticas de seu estado e ingressou no PMDB, sendo nomeado ministro de Minas e Energia pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 21 de janeiro de 2008.
Com a posse de Edison Lobão no Ministério, seu filho Edison Lobão Filho assumiu a vaga no Senado, ficando até 31 de março de 2010. Deixou o Ministério de Minas e Energia para concorrer a mais um mandato como senador, em 2010. Foi reeleito à vaga, pelo PMDB, com 1.702.085 votos.Em 2011 foi reconduzido à pasta de Minas e Energia pela presidente Dilma Rousseff.
  • Em março de 2011, participou da campanha do governo brasileiro para demitir o presidente da Vale, Roger Agnelli. Dilma Roussef teria enviado Guido Mantega para convencer o Bradesco, principal sócio da Vale a aceitar sua substituição. Em outra frente, o ministro Edson Lobão pressionava publicamente a empresa a pagar cinco bilhões de reais de royalties pela exploração do solo do país. Em 14 de março Agnelli havia enviado a Dilma uma carta onde expressava sua preocupação de que a disputa dos royalties estava envolvida num contexto político e que haveria desvio de verbas na prefeitura de Parauapebas. 
A Vale já pagara 700 milhões ao município, que continuava com péssimos indicadores, o entorno da cidade cercado de favelas, bairros próximos ao centro com esgoto a céu aberto e ruas sem asfalto. No mesmo dia que a carta foi entregue ao Planalto, Agneli se reuniu com Lobão para reafirmar sua crença que as cobranças do governo eram injustas, mas que acataria decisões em contrário, terminada a reunião Lobão afirmou à imprensa que a Vale admitia as dívidas. Menos de quinze dias depois, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e da Previ que juntos detinham 60,5% da Vale, Agnelli foi substituído, deixando a presidência em maio de 2011.
  • O ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, autorizou a abertura de investigação contra o senador em 6 de março de 2015, tirando o sigilo do pedido de abertura de inquérito.
Em 25 de novembro de 2015, em votação no Senado para a permanência ou não na prisão, do senador Delcídio do Amaral, Lobão absteve-se de votar, sendo a única abstenção. Delcídio, líder do governo no Senado, fôra preso na manhã do mesmo dia, acusado pelo Ministério Público de estar interferindo nas investigações da Operação Lava Jato.
  • Em fevereiro de 2017 foi deflagrada a Operação Leviatã, um desdobramento da Lava Jato, onde Edison e seu filho, o também Lobão, são suspeitos de terem recebido propinas superiores a 5 milhões de reais, dinheiro oriundo da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e de Angra 3.
Operação Catilinárias:
  • Em 15 de dezembro de 2015 foi alvo de buscas pela Polícia Federal da Operação Catilinárias, que representa a 22ª fase da Operação Lava Jato.
Panama Papers:
  • O jornal El País, em 4 de abril de 2016, divulgou que Edison Lobão e outros investigados na Lava Jato têm contas em offshores abertas pela companhia panamenha Mossack Fonseca, especializada em camuflar ativos usando companhias sediadas em paraísos fiscais.